Desde 1926, ano em que sobreveio o golpe militar que instituiu a Ditadura, registaram-se consideráveis mudanças na paisagem jornalística portuguesa, sendo de destacar dois processos: o da segmentação mediática, ocorrido quando o jornalismo encontrou, sucessivamente, na rádio e na televisão, novas plataformas de difusão de mensagens; e o da digitalização, que resulta, literalmente, da digitalização dos meios, dos processos e dos produtos jornalísticos.
Este livro, segundo volume de uma série, pretende, tal como o primeiro volume, contribuir para narrar a história do jornalismo português por meio de uma abordagem geral, sistemática e diacrónica, da história do jornalismo em Portugal, no caso presente desde 1926. Justificase a sua edição porque obras de síntese, como esta, introduzem um assunto, nos seus aspetos gerais, a uma comunidade de leitores. A narrativa é pautada pelo surgimento e desaparecimento de meios jornalísticos e pela referência aos intérpretes da atividade em cada momento histórico — os jornalistas.
A obra obedece, na sua ordenação e exposição, à interpretação pessoal do autor sobre o devir histórico, já que a sucessão de factos ao longo da história, alguns mais notáveis e notados do que outros, não tendo significado a priori, necessita de interpretações que a tornem inteligível e compreensível. A perspetiva pessoal do autor sobre a história do jornalismo português revela-se não só na forma como a sua visão da história se expressa na narrativa, mas também na proposta de periodização do jornalismo em Portugal, objeto do segundo capítulo deste livro.
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